Sinto-me vitoriosa por poder usar esta roupa. Uso-a não porque gosto, mas porque posso.
Depois de chegar a pesar 76 kg e ter emagrecido 18, vestir este terninho mostra
que nem sempre doar peças que não servem mais é o melhor a se fazer (só não fiz
isso porque essa peça e os demais ternos que guardei são de excelente
qualidade).
Usei bastante terninho quando comecei minha
carreira em Porto Alegre, nesta mesma instituição pública na qual trabalho, em
um ambiente dominado por homens. A moda
foi uma forma de impor respeito, já que eu era jovem demais. Com o ganho de peso e a mudança para Florianópolis,
onde o ambiente é mais informal, pude abandonar o terno, que em Porto Alegre é
uniforme para advogadas. Aqui em Floripa
ainda conheço algumas advogadas que ainda pensam assim...
Após tanto tempo, este terninho é uma peça atual e não
tão sombria. Tem uma calça com um
excelente corte e o blazer tem o corte ajustado ao corpo, o que valoriza a
silhueta. Apesar da atividade, não precisamos
usar ternos pretos, marrons e cinza (não gosto muito de marrom e cinza). Tenho terno de todas as cores, desde pink,
rosa bebê a azul anil. A foto não fez juz ao belo tom de berinjela.
Para dar feminilidade ao look, e fazer contraste
com o terno escuro, uma camisa de seda branca, com laço no pescoço, que eu também
desenterrei do closet. Um batom vinho
alegra a sobriedade da produção. Botas
protegem os pés do inverno e são permitidas aqui no Sul do país para substituir
o scarpin em dias frios.
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